"Servir a Deus com alegria é algo para poucos", muitas vezes pensamos, principalmente em dificuldade. Mas não devemos esperar as bênçãos serem derramadas para então procurar a felicidade em Deus. A própria alegria de servir a Deus é o que deve nos mover e nos tirar das dificuldades. Não é um resultado, mas um percurso fundamental. Entenda melhor isso nesse texto de Charles Spurgeon.
"Servi ao Senhor com alegria..." Salmos 100:2
Deleite no serviço divino é um sinal de aceitação. Aqueles que servem a Deus com semblante triste porque não estão fazendo o que os agrada, não servem ao Senhor; o fazem como uma homenagem, mas não há vida.
Nosso Senhor não precisa de escravos para enfeitar o Seu trono; Porque Ele é o Senhor do império do amor e deveria ter seus servos vestidos de alegria. Os anjos servem a Deus com cânticos, não com rugidos; um murmúrio ou um suspiro seria um motim em suas hordas.
Obediência que não é voluntária é desobediência, porque o Senhor vê o coração e se Ele vê que o servimos à força e não por amor, rejeitará nossa oferta.
Trabalhar com alegria é servir com o coração e, portanto, verdadeiro. Agora, retire a disposição alegre de um cristão e terá removido a prova de sua sinceridade. De forma semelhante, se um homem é levado à batalha, não é um patriota; mas aquele que marcha para a batalha com os olhos brilhando e expressão radiante, cantando, "é doce morrer pela pátria", prova seu patriotismo sincero.
A alegria é o sustento da nossa força; na alegria do Senhor, somos fortes. Ela funciona como o removedor de dificuldades. É para o nosso trabalho, como o óleo que lubrifica as rodas do trem. Sem óleo, o eixo logo aquece e os acidentes acontecem; e se não há alegria santa para lubrificar nossas rodas, nosso espírito será obstruído pela fadiga.
O homem que se alegra no serviço de Deus, prova sua obediência e pode cantar:
Guia-me pela vereda dos teus mandamentos; essa é uma estrada de deleite.
Leitor, analisemos esta questão: você serve ao Senhor com alegria? Vamos mostrar ao mundo, que acha que a nossa religião é escravidão que, para nós, ela é deleite e alegria! Que nosso contentamento declare que servimos a um bom Mestre.
Fonte: Livro Dia a dia com Spurgeon, página 29.